Já não sei o que eu sou. Escapa-me a minha proveniência. Mas sei muito bem aonde estou.
É branco, branco, uma espécie de névoa espessa de inverno. E também é vazio.
Vazio de sentimentos.
Há neste lugar aonde estou uma espécie de tortura muito, muito vulgar, mas insólita,
que já me levou aos píncaros da dor humana, ao cúmulo da amargura
E a uma dor de cabeça insuportável.
É uma forma de tortura amada por grande parte da civilização maso-humana, que cultiva até com algum sentimentalismo essa máquina brutal.
Oh, se tu soubesses como a minha cabeça dói! E quanto mais se me dói mais alto é o grasnar deste animal imundo.
Meu amigo, ninguém mais do que eu merece essa latrina negra comumente pendurada do alto de uma parede superficialmente branca.
A merda do seu interior borbulha desafinada uma melodia dissonante que o mundo ouve como a nona de Beethoven, que a escatologica sequência de imagens produzida, é vista como se de um Rembrandt se tratasse.
Ó som Maldito!
O que eu sou aqui encerrado como um animal...
2 comentários:
Quero-te aqui, ao pé de mim, já!
Beijos cheios de cápsulas de força :)
Soube agora... FORÇA NISSO!
VOLTA!
Fazes falta, muita falta.
Postar um comentário