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Homem - E depois deixámos a ponte e caminhámos ao longo do canal e chegámos a um depósito de lixo.
Mulher - E tu possuíste-me e disseste-me que te apaixonaras por mim, e disseste que cuidarias de mim para sempre e disseste-me que a minha voz e os meus olhos, as minhas coxas, os meus seios, eram incomparáveis e que me adorarias para sempre.
Homem - Sim, foi o que eu fiz.
Mulher - E tu adoras-me para sempre.
Homem - Sim, é o que eu faço.
Mulher - E depois tivemos filhos, sentámo-nos e conversámos e tu recordaste-te de mulheres nas pontes, nos caminhos junto aos canais e nos depósitos de lixo.
Homem - E tu recordaste-te das tuas nádegas encostadas à vedação, de homens a segurarem-te nas mãos e de homens olhando-te nos olhos.
Mulher - E falando-me suavemente.
Homem - E da tua voz suave. Falando com eles suavemente à noite.
Mulher - E eles diziam adorar-te-ei para sempre.
Homem - Dizendo adorar-te-ei para sempre.
5 comentários:
Nem sei o que dizer...
es uma coiza pa...eu não posso falar de um texto que o menino nao vá ler é la uma coisa hammmmm!! isso é so porque eu tenho bom gosto né!!!
Humm, Harold Pinter, Harold Pinter... Gosto deste jovem, gosto, gosto..!
Engraçado, engraçado... Hoje estive 2 horas a ver o ensaio desse mesmo texto.
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