Agora penso no cotidiano,
nesse acumular de segundos,
segundo a lei do tempo.
Eu tento fugir.
Eu não tento fugir.
Tudo o que faço desfaço.
Um castelo de cartas, frágil, delicado
é assim que sou
Tão constante como a própria
Inconstância,
substância volátil
como o álcool deste vinho que agora bebo.
Agora penso na inconstância,
ação fracionada pela dúvida,
paradigma de um espírito perturbado.
Ele tenta fugir.
Ele não tenta fugir.
Ele está parado e move
Invisível ao tempo
e às dores do mundo.
Vítima do tempo
e alvo do mundo.
É assim nós somos.
Não é assim que nós somos.
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