domingo, 2 de setembro de 2007

Dom Fuas

« Flora destes prados, suspendei a fatigada porfia de vosso desdém, que essa discorde fuga com que me desenganais é harmoniosa atracção de meus carinhos; pois nos passos desses retiros forma compassos o meu amor.

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Para que são, belíssimo encanto, esses avaros melindres do repúdio? Se já comecei a querer-vos, como posso deixar de seguir-vos? Pois até não saber, ou quem sois, ou aonde habitais, serei eterno girassol de vossas luzes.

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Oxalá que assim fora, porque, em tal caso, admitindo os meus carinhos, poderei com a fortuna de esposo ser meeiro no cabedal!

Elas foram aturdidas com palanfrórios. »

3 comentários:

Anônimo disse...

Desculpa a ingorâncias mas quem é o D. Fuas?

Gaius disse...

É um personagem de António José da Silva, O Judeu!

Quem é este senhor?

Um escritor judeu-luso-brasileiro que escreveu peças fantásticas no século XVIII e uma delas é "Guerras de alecrim e manjerona", na qual aparece o Dom Fuas. Este senhor viveu grande parte da vida dele cá em Portugal e acabou por ser morto, estupidamente, num auto de fé no rossio.

E por que eu coloquei o texto desta personagem?

Porque eu vou interpretá-la este ano lá na escola.

Anônimo disse...

BOA SORTE! =D