terça-feira, 26 de junho de 2007

Peregrinos

(Saem dois amigos, peregrinos, nas proximidades do Santuário. Param para descansar.)

Nº2 – (A olhar para todos os lados) Onde estamos?

Nº1 – (Introspectivo) Não sei… Onde estás?

Nº2 – (Nostálgico) Também não sei! Sei que estou aqui.

Nº1 – (Admirado) Ao menos sabes que estás aqui.

Nº2 – (Enérgico) O que vamos fazer agora?

Nº1 – (Plácido) Esperar!

Nº2 – (Como se tentasse lembrar-se de algo) Esperar… Esperar… Esperar… O quê?

Nº1 – Um milagre…

Nº2 – Para nos fazer chegar até Fátima! (Ri-se)

Nº1 – E depois… (Interrompe-se)

Nº2 – E depois?

Nº1 – Vê-la, Talvez.

Nº2 – Hum… Não me parece.

Nº1 – Nem a mim!

Nº2 – Já sei! (Orgulhoso de si próprio)

Nº1 – Vamos ver uma peça!

Nº2 – (Contrariado) Ah!

Nº1 – Vá lá! Apetece-me ver uma peça!

Nº2 – Qual tipo de peça?

Nº1 – (A pensar alto) Arnold Wesker… Mas isto não é agora! Uma pastoral? Uma comédia! Ou uma tragédia? E por que não uma tragédia-cômico-pastoral? Uma comédia amorosa…

Nº2 – (Interrompendo-o) Eu conheço uma, eu conheço uma! Posso contá-la?

Nº1 – Não sei… De quem é?

Nº2 – (Tenta lembrar-se) Não me lembro do nome do senhor.

Nº1 – Então não vale a pena!

Nº2 – Por favor, deixa-me contar!

Nº1 – (Vencido) Vá… Conta!

2 comentários:

Marta Queiroz disse...

Erros todos temos :P
E todos desgostamos..
Mas ainda bem que gostas dos textos..
Beijinho*

Anônimo disse...

Eu que o diga...