quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Deu-me que pensar...


No sábado passado visitei, juntamente com o Caesar, um espaço bastante interessante que tem como nome Espaço Memória, um Museu de Teatro. Museu de Teatro? Como é que isso é possível? Pode-se acaso guardar dentro de uma vitrine uma interpretação sublime? um grito que faz chorar as pedras da calçada? o silêncio de um público hipnotizado? o suster da respiração antes de um ribombar de gargalhadas?


O Teatro é efémero, e, por essa razão, algo único e momentâneo (e tão desafiante!). Mas há sempre algo que fica para nos trazer o eco desses momentos fugazes. O Espaço Memória, traz-nos à "memória", mesmo àqueles que não a viveram, os figurinos, os cenários, as maquetes, os registos fotográficos, as críticas, os convites e até os livros que se escrevem a propósito do mundo teatral. Mas mais do que tudo isso, conhecemos artistas que já morreram através dos seus escritos, dos testemunhos de quem os conheceu, e aprendemos coisas que ainda hoje e, provavelmente, sempre, nos fazem pensar e nos fazem viver a arte de outra maneira.





Caso disso é a exposição temporária no espaço patente. " Um rapaz chamado Mário Viegas". Nas fotografias do actor encontravam-se várias citações, dele próprio e as que ele costumava citar. Eis duas:






"Os actores vivem no Palco aquilo que os outros na Vida representam mal."



de Eduardo Filippo






"Há pessoas que não podem comigo.



Não pelo peso que comigo peso



mas pelo peso que peso nas pessoas"



de Tóssan






Deu-me que pensar.









post by Rubeus, o Gallo

3 comentários:

Gaius disse...

Sim senhor, senhor Ruben! Bom post, reflexões interessantes! Para um primeiro post não está mal hehehe! Brincadeira...

Anônimo disse...

Dá mesmo que pensar...

A Bruxa das PAPs disse...

E bem que pode pensar. Com todos os seus defeitos e virtudes, o Mário era uma Pessoa e um senhor Actor. Todos teríamos muito a aprender com ele...